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MPF recomendou destruição de equipamentos usados por grileiros em terra indígena

Segundo o Ibama, somente agentes do Estado têm permissão a acesso, locomoção e permanência

Por Da Redação
Ás

MPF recomendou destruição de equipamentos usados por grileiros em terra indígena

Foto: Reprodução / Ibama

Em janeiro, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Ibama a destruição de equipamentos usados por grileiros na Terra Indígena Ituna Itatá, onde o antropólogo Edward Luz foi preso no último domingo (16). Localizado entre Altamira e Senador José Porfírio, sudoeste do Pará, o território tem 142 hectares de extensão e, segundo o Ibama, somente agentes do Estado têm permissão a acesso, locomoção e permanência. A área ainda não foi demarcada, mas foi reservada como condicionante da usina hidrelétrica de Belo Monte, com proteção e restrição de uso pela possível presença de indígenas isolados, de acordo com o MPF.

A recomendação da destruição de maquinários veio após agentes do Ibama serem bloqueados depois da apreensão de cinco mil litros de combustível clandestino, que seriam usados para desmatamento ilegal na terra indígena, e ofensas do deputado Zequinha Marinho (PSC-PA) contra a operação que identificou mais de mil hectares devastados somente em janeiro de 2020 na área protegida.

Os agentes foram xingados pelo senador paraense de "servidores malandros e bandidos" por queimarem maquinários e barracos de acusados de desmatamento ilegal.

Ainda na recomendação, o MPF defendeu a destruição de maquinários, o que é previsto em lei quando equipes de fiscalização não têm meios para apreender e transportar o material.

Segundo o Ibama, as ações recentes na TI Ituna Itatá têm objetivo de combater a devastação na área, que teve recorde em 2019, segundo dados do governo federal. O órgão informou, ainda, que qualquer cidadão que dificultar ações de fiscalização ambiental pode ser multado e conduzido à Polícia.

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