MPT processa Saul Klein por manter mulheres como escravas sexuais
Órgão pede indenização de R$ 80 milhões
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O Ministério Público do Trabalho (MPT) entrou com uma ação civil pública contra o empresário Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, pelo crime de "tráfico de pessoas para submissão a condições análogas às de escravo, com trabalhos de natureza sexual". No documento, o órgão pede indenização de R$ 80 milhões.
Segundo o MPT, o caso começou a ser investigado em 2020 após o recebimento de denúncias de estupro, tráfico de pessoas e favorecimento à prostituição praticados por Klein. As acusações foram feitas por 14 garotas que alegam ter sofrido diversos tipos de abusos e crimes sexuais, inclusive aliciamento.
O órgão afirma que o valor da indenização foi estabelecido "a título de reparação pelos danos causados por suas condutas ilegais aos direitos difusos e coletivos, por manter trabalhadoras em situação de tráfico de pessoas para fins de exploração em condições análogas às de escravas sexuais".
A ação atual é diferente do inquérito criminal que tramita na Delegacia de Defesa da Mulher em Barueri (SP) por se tratar da área trabalhista. Em nota, o procurador Gustavo Accioly, que assina a ação, disse que a peça combate “o ato de se tirar proveito econômico indevido de pessoas forçadas física ou moralmente, mediante abuso, fraude ou engodo, a praticarem atos sexuais sob forte subjugação".