"Mudança para pior", diz Barroso sobre volta do voto impresso
Presidente do TSE elencou pontos para dizer que voto impresso não é confiável
Foto: Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, voltou a criticar nesta quinta-feira (29) a adoção do voto impresso como mecanismo adicional de auditagem das urnas eletrônicas. "É um consenso de que essa é uma mudança para pior", concluiu.
"O voto impresso não é mecanismo de auditoria, pela singela razão de que o voto impresso é menos seguro do que o voto eletrônico. Você não cria mecanismo de auditoria menos seguro do que o objeto que está sendo auditado", disse ele em evento de inauguração da nova sede do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC).
O presidente do TSE elencou os pontos que mostram que o projeto do voto impresso não é confiável. Segundo ele, seriam a logística de transporte e armazenamento dos votos, o forte esquema de segurança necessário para garantir a lisura do processo eleitoral, a possibilidade de retorno de fraudes com o manuseio das cédulas e a eventual contestação judicial das apurações.
"O discurso de que 'se eu perder, houve fraude' é discurso de quem não aceita a democracia, porque a alternância no poder é um pressuposto dos regimes democráticos. Assim é porque assim deve ser em toda parte", continuou.