Mulher com diabetes rara doa remédio para menina com a mesma doença no RS
Medicamento enviado é suficiente para os próximos seis meses
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A moradora de Santos (SP), Jaqueline Silva, que tem diabetes insípidus, salvou a vida de uma Ester de Lima, de 12 anos, que tem a mesma doença rara e mora em Canoas, no Rio Grande do Sul. Ela doou o medicamente que mantém a criança viva.
A diabetes insípidus é a falta ou a incapacidade de ação do hormônio antidiurético. Sem o remédio desmopressina, que reduz a produção de urina, o paciente sente mais sede e vai mais vezes ao banheiro, o que desequilibra o organismo e pode levar a uma parada cardíaca.
A menina tem craniofaringioma, um tumor benigno que causou diabetes insípidus e perda de visão aos 4 anos. Renata explicou que foi comprar a desmopressina para filha e, por conta das enchentes, tinham apenas duas caixas nas farmácias por R$ 370 cada, valor R$ 100 acima do que costuma pagar.
"Eu fiquei desesperada porque são oito anos nessa luta e eu já vi a minha filha em estado de quase morte muitas vezes. É a pior sensação do mundo", disse Renata de Lima, a mãe de Ester, em entrevista ao g1.
"A minha vontade era tão grande de enviar a medicação. Quando a gente se coloca no lugar das pessoas, temos empatia. Eu tenho a mesma doença e eu sei o quanto é ruim ficar sem remédio [...] Corremos risco de vida [de morte]", afirmou Jaqueline.
Agora, Ester tem medicamento suficiente para aproximadamente seis meses. "Com os remédios da Jaqueline, foi um alívio tão grande de que ela não vai correr mais risco de vida [de morte]. Não tenho nem palavras para saber como agradecer", finalizou Renata.