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Mulher que sobreviveu a bolo envenenado com arsênio fala 1° vez sobre a nora: 'Eu sabia que ela era má'

Deise foi encontrada morta dentro da Penitenciária Feminina de Guaíba, nesta semana

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Mulher que sobreviveu a bolo envenenado com arsênio fala 1° vez sobre a nora: 'Eu sabia que ela era má'

Foto: Reprodução/TVGlobo

Zeli dos Anjos, a sogra de Deise Moura, que envenenou um bolo com arsênio e matou quatro pessoas, em Torres (RS), no dia 23 de dezembro, falou pela primeira vez sobre o crime.  

"Eu sabia que ela era má, que ela fazia maldades, mas nunca que fosse chegar a um nível desses. Eu não tenho nem pena, nem raiva, nem ódio, nem sei que tipo de sentimento. Mas, quando eu penso que ela tirou as quatro pessoas mais importantes da minha vida...", se emociona Zeli, em entrevista ao Fantástico.

Deise Moura dos Anjos, suspeita de ser a responsável pelo crime, foi encontrada morta dentro da Penitenciária Feminina de Guaíba, nesta quinta-feira (13). O laudo de necropsia confirmou a morte por enforcamento. 

Relembre o caso 

Zeli e mais seis pessoas da família se reuniram para comer um bolo de reis no apartamento de uma das irmãs dela. Era uma tradição da família há mais de 40 anos. Após os familiares comerem as primeiras fatias, todos começaram a passar mal. 

Duas irmãs de Zeli morreram, Maida e Neuza, e a filha de Neuza, Tatiana. Zeli, Jefferson, marido de Maida, e o filho de Tatiana, de 11 anos, sobreviveram. João, marido de Neuza, não comeu o bolo. 

Zeli chegou a ficar 19 dias internada. Inicialmente, o caso foi tratado como uma intoxicação alimentar, mas os médicos confirmaram a presença de arsênio em amostras de sangue e urina das vítimas. 

Deise assumiu no depoimento que não gostava da sogra 

"Todos os depoimentos foram no sentido de um certo ódio que a investigada tinha pela sua própria sogra. Ela mesma, espontaneamente, disse que o apelido da sogra era 'naja', seguido de uma leve risada depois", conta o delegado Marcos Vinícius Muniz Veloso. 

O delegado também contou que Deise negou o envolvimento no caso, mas o histórico no celular e o computador dela apreendidos pela polícia apontou que ela estava mentindo. Ela pesquisou por 18 substâncias tóxicas, entre elas "arsênio", "veneno para o coração" e "veneno para matar humanos".    

"Ela não planejou comprar só o arsênio. A primeira pesquisa dela foi o veneno mais mortal do mundo", afirma o delegado.

Deise também foi acusada pela morte do marido de Zeli, em setembro

As investigações também apontaram que era a segunda vez que Deise comprava arsênio. A primeira vez foi no dia 21 de agosto. Ela misturou a substância no leite em pó que levou junto com outros alimentos para os sogros no dia 31. 

Zeli e o marido passaram mal ao beberem café com leite. O marido dela, Paulo Luiz dos Anjos, de 68 anos, morreu no dia 3 de setembro. Na certidão de óbito, a causa da morte foi "infecção alimentar".

"Eu não quis acreditar em várias pessoas que me falavam: 'Faz o exame nele, faz o exame nele'. E eu achei impossível", diz Zeli.

Leia mais: briga de 20 anos pode ter sido o motivo do bolo envenenado com arsênio
 

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