Mulheres melhoram desempenho esportivo durante menstruação, revela estudo
Estudo realizado com 241 atletas de futebol mostrou que desempenho delas melhorou durante menstruação
Foto: Thais Magalhães/CBF
De acordo com uma investigação do University College Londres, no Reino Unido, as atletas mulheres reagem mais rápido e cometem menos erros quando estão menstruadas. O estudo foi publicado na revista Neuropsychologia, onde tinha como base analisar o ciclo menstrual afeta o desempenho das atletas de futebol feminino.
Os pesquisadores realizaram duas baterias de testes com 241 atletas. As simulações foram feitas com 14 dias de intervalo e buscaram medir a velocidade de reação e resposta das voluntárias em diferentes momentos do ciclo menstrual.
No decorrer dos testes, as participantes também preencheram questionários sobre o estado de ânimo e os sintomas físicos pelos quais estavam passando. Aplicativos de monitoramento do período menstrual foram usados para estimar em que fase do ciclo menstrual elas estavam.
Em um dos testes, as participantes foram expostas a várias fotos de pessoas e deviam pressionar uma barra de espaço apenas quando vissem rostos sorrindo. Em outro, foram solicitadas a reagir clicando em uma tela no momento em que imagens de bolas de terceira dimensão estivessem colidindo.
Os Resultados Positivos
As participantes da pesquisa tenham relatado desconfortos físicos e sentimentos negativos durante a menstruação, os tempos de reação foram mais rápidos nesta fase. As atletas também cometeram menos erros ao cumprir as tarefas solicitadas.
Já as voluntárias foram mais lentas durante a fase lútea, que começa após a ovulação e dura entre 12 a 14 dias até o início da menstruação. Eles foram em média 10-20 milissegundos mais lentas nesse período.
Segundo a pesquisadora Flaminia Ronca, principal autora do trabalho, os resultados mostram que o desempenho das participantes foi melhor quando elas estavam menstruadas, o que desafia o senso comum de que há um declínio de capacidades nessa fase específica do mês.
“Espero que isto forneça a base para conversas positivas entre treinadores e atletas sobre percepções e desempenho: o que sentimos nem sempre reflete o nosso desempenho.”, disse.