Na Câmara, oficiais de Justiça pedem mais proteção
Pedido foi feito dutante audiência pública da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher
Foto: Agência Senado
O tema da audiência pública da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher realizada, nesta terça-feira (12), foi a segurança das mulheres que exercem o cargo, mas o debate se ampliou para a categoria de forma geral, porque, segundo as debatedoras, o ofício traz riscos inerentes.
A senadora Zenaide Maia (Pros-RN), que presidiu o debate, afirmou que é preciso dar visibilidade ao que os oficiais de Justiça sofrem. E enfatizou que a violência se agrava quando são mulheres.
"Quando é mulher, a violência é maior. Muitas vezes, você ouve falar de oficial de Justiça, acha que só é aquele cara que vai entregar um papel de intimação e não sabe a importância que é essa profissão para o povo brasileiro", afirmou.
Outras reivindicações da categoria são porte de armas, cursos de capacitação e aperfeiçoamento — como autodefesa, direção defensiva —, equipamento de proteção individual, canal direto para denúncias e acolhimento de vítima de violência.
De acordo com a representante da Federação das Entidades Sindicais dos Oficiais de Justiça, Fernanda Garcia Gomes, o motivo de procurar a senadora e propor a audiência foram os relatos diários de colegas de profissão sobre casos de agressões físicas, verbais, ameaças, cárceres privados e assassinatos.
"Nós, mulheres, temos um agravante, porque além do assédio sexual, nós temos o medo constante da violência sexual", apontou.