Na ONU, países do Conselho de Segurança condenam atos da Rússia, que fala em diplomacia
Falas vieram após o presidente russo reconhecer regiões separatistas na Ucrânia como repúblicas independentes
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer a independência de repúblicas separatistas na Ucrânia e enviar tropas às regiões, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a maioria dos países membros do Conselho de Segurança reprovaram a decisão.
Nessa segunda-feira (21), Putin aprovou dois decretos que reconhecem as "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk as regiões separatistas e sugerem ao ministério da Defesa que "as Forças Armadas da Rússia assumam nas regiões as funções de manutenção da paz".
"As fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia permanecerão inalteradas, sem importar as declarações e os atos da Rússia", disse o embaixador ucraniano nas Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya.
A Ucrânia propôs à Rússia que anulasse a decisão e retomasse à mesa de negociações, para retirar de forma imediata suas tropas de ocupação.
Segundo a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, o presidente Vladimir Putin ter falado de uma "força de manutenção da paz", para justificar a entrada nos territórios separatistas, é um absurdo. "Sabemos o o que realmente são", disse ela.
A secretária-geral adjunta da ONU para Assuntos Político, Rosemary DiCarlo, lamentou as decisões e atos da Rússia. "As próximas horas e dias serão críticos. O risco de um grande conflito é real e deve ser evitado a qualquer custo", afirmou ela, durante a reunião de emergência convocada principalmente pelos países ocidentais.
Em resposta, o governo russo disse não estar fechado para a diplomacia para resolver a crise na Ucrânia. Segundo o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, a Rússia vai impedir um “banho de sangue” nos territórios separatistas do leste do país.