"Não deixei de falar a verdade", diz Bolsonaro sobre acusação contra presidente chileno
Embaixador brasileiro no Chile foi convocado após Bolsonaro dizer que Boric "incendiou metrôs"
Foto: Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a comentar sobre a acusação que fez contra o presidente chileno Gabriel Boric durante o debate entre presidenciáveis no último domingo (28), na Band, quando o acusou de ter "incendiado metrô" em 2019. Após o embaixador brasileiro no Chile ser convocado para prestar esclarecimentos, Bolsonaro reiterou que a sua declaração foi verdadeira.
“O presidente do Chile agora começou a chamar o embaixador, uma maneira que ele tem de mostrar a insatisfação comigo. Se eu exagerei ou não, não deixei de falar a verdade”, disse. Na ocasião, o atual presidente estava em embate direto com o ex-presidente Lula (PT) e, em tom de crítica, afirmou que o petista teria "apoiado o presidente do Chile, que praticou atos de incendiar metrô". Apesar de ter garantido que a sua acusação é verdadeira, não há provas que atestem a declaração do presidente Jair Bolsonaro.
Na última segunda-feira (29), a chancelaria chilena, através de nota, classificou a fala do candidato à reeleição como "inaceitável" e afirmou que o posicionamento de Bolsonaro não condiz "com o tratamento respeitoso que se devem os chefes de Estado e nem com as relações fraternas entre países latino-americanos".
Assembleia Constituinte chilena
O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou para fazer mais uma investida contra o Chile. Ele criticou a Assembleia Constituinte chilena, estabelecida em 2021 para elaborar uma nova Carta Magna, que será posta a votação em plebiscito neste domingo (4).
“A Constituinte do Chile vai na contramão do que qualquer país democrático quer. Isso é problema deles? É problema deles, mas o cidadão lá teve o apoio de um cara aqui do Brasil”, disse Bolsonaro, em referência ao ex-presidente Lula.