“Não há nenhum ato do ministro Alexandre que justifique quebra de imparcialidade”, diz Gilmar Mendes
Para o ministro, os acusados pelos atos do 8 de janeiro estão tentando forçar o impedimento do seu colega de corte
Foto: Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou que os acusados pelos atos do 8 de janeiro estão tentando forçar o impedimento do também ministro do STF, Alexandre de Moraes.
“Não faz sentido algum porque não há nenhum ato do ministro Alexandre que justifique esse impedimento ou a quebra dessa imparcialidade. Pelo contrário, decidiram atacá-lo porque ele estava cumprindo um mister institucional de defesa das instituições”, afirmou o ministro ao programa CNN Entrevistas.
Um eventual impedimento de Moraes é hoje uma das maiores polêmicas do mundo jurídico porque ele teria sido vítima dos atos. A Polícia Federal descobriu planos para prendê-lo se houvesse uma quebra da ordem constitucional.
Assim, a defesa de investigados argumenta que um o juiz não pode ser vítima e julgador ao mesmo tempo. No entanto, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, rejeitou a suspeição.
Para Gilmar, Moraes já era o relator do inquérito das fake news, o que o transformou em alvo dos militantes bolsonaristas e, posteriormente, da trama golpista.
“Naquelas manifestações do sete de setembro, ele foi xingado pelo presidente da República, então ele está impedido de julgar o presidente da República? O próprio investigado causou esse impedimento. É uma técnica bastante comum”, disse o ministro.
Gilmar faz referência à celebração do 7 de setembro no ano de 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro atacou Moraes nas comemorações na Avenida Paulista.