'Não me parece razoável', diz Pacheco sobre reajuste do Bolsa Família a partir do IR

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, opinou, nesta terça-feira (5), sobre o reajuste do Bolsa Família não ser vinculado a alterações do Imposto de Renda. “Não me parece razoável nós discutirmos um novo modelo de imposto de renda a pretexto de que essa é a condição sine qua non [essencial] única para ter um Bolsa Família no Brasil”, disse durante um debate sobre reforma tributária promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A proposta é aumentar o valor atualmente pago pelo governo federal para R$ 300 reais,  a partir de recursos obtidos com mudanças no Imposto de Renda, o que é defendido pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes.

O projeto de lei (PL) que altera as regras da tributação sobre a renda foi aprovado pela Câmara dos Deputados, e está sendo analisado pelo Senado. 

Pacheco disse que o Bolsa Família é fundamental para “gerar condições para as pessoas de baixa renda terem sobrevivência em razão de tudo o que estamos passando”. E que, por esse motivo, deveria ser recursos independente da aprovação do texto por parte dos senadores. “Nós temos que ter a criatividade de saber que há uma arrecadação muito elevada no Brasil hoje, que nós temos fontes de recursos para isso”, destacou.

Segundo ele, o projeto do imposto de renda tem uma grande importância e precisa ser analisado com tranquilidade. “Não podemos colocar no colo do Congresso Nacional de aprovar um projeto estruturante para um projeto social que tem mais apelo popular”, acrescentou.