Nova paralisação da produção de radiofármacos pode acontecer ainda em outubro, diz Marcos Pontes
Continuidade depende da aprovação de suplementação orçamentária pelo Congresso

Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marco Pontes, afirmou, nesta terça-feira (5), que uma nova paralisação dos serviços de produção de radiofármacos pode acontecer ainda neste mês de outubro, caso o Congresso não aprove a suplementação orçamentária necessária para importação dos insumos nucleares.
Os produtos são essenciais para a medicina nuclear, que é aplicada em tratamentos de câncer por radioterapia e em exames de imagem. A última interrupção da produção ocorreu neste ano, em 20 de setembro, pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), e durou até o dia 1º de outubro.
“O problema não está solucionado. A gente conseguiu essa transferência de R$ 19 milhões agora, mas daqui a um semana ou duas, no máximo, vai parar a produção de novo, enquanto não for aprovado esse PLN [projeto de lei do Congresso Nacional] com R$ 34 [milhões], depois outro com R$ 55 [milhões] até o final de ano”, disse Pontes durante a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Como sugestão, Pontes indicou que o Congresso aprove uma espécie de blindagem no orçamento para a produção de radiofármacos, obrigando que a receita do Ipen, que lucra com a produção dos radiofármacos, seja reaplicada no próprio instituto, não entrando na conta comum do Tesouro Nacional.