"Não pode ter havido recusa a convite que não foi feito", diz Fabio Faria sobre Ludhmila Hajjar

O ministro da Comunicação, Fábio Faria, usou as redes sociais, nesta segunda (15), para registrar que a médica cardiologista Ludhmila Hajjar, não foi formalmente convidada para substituir Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. Ludhmila Hajjar se reuniu com o presidente da República, Jair Bolsonaro, no fim de semana, e tem recebido ataques por defender publicamente um posicionamento diferente do governo quanto às ações frente à pandemia.

"Dra. Ludhmila é uma médica de muita credibilidade. São injustos os ataques dirigidos a ela. Não procedem as informações de declínio do convite por divergências entre ela e o PR. Houve conversas fluidas entre eles, mas não pode ter havido recusa a convite que não foi feito", escreveu Faria.

O nome de Ludhmila foi defendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Para ele, o enfrentamento da pandemia exige competência técnica e capacidade de diálogo político, características que ele enxerga na médica. Lira chegou até a se colocar à disposição da cardiologista: "Espero e torço para que, caso nomeada ministra da Saúde, consiga desempenhar bem as novas funções. Pelo bem do país e do povo brasileiro, nesta hora de enorme apreensão e gravidade. Como ministra, se confirmada, estarei à inteira disposição".

Por sua vez, Eduardo Pazuello, confirmou que Bolsonaro está em tratativas para a troca do comando da Pasta e que conversou com a médica. De toda forma, Pazuello negou que tenha pedido para sair. "Eu não vou pedir pra embora, isso não é uma brincadeira, isso é um país em uma pandemia. Se haverá substituição cabe ao presidente da República, não cabe a mim", falou em entrevista coletiva.