• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • "Não se mexe em instituições que estão funcionando", diz Barroso após CCJ da Câmara aprovar medidas que restringem poderes do STF
Política

"Não se mexe em instituições que estão funcionando", diz Barroso após CCJ da Câmara aprovar medidas que restringem poderes do STF

Na quarta-feira (9), colegiado aprovou PEC que limita decisões individuais de ministros

Por Da Redação
Ás

Atualizado
"Não se mexe em instituições que estão funcionando", diz Barroso após CCJ da Câmara aprovar medidas que restringem poderes do STF

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Um dia após a aprovação de medidas que restringem poderes do Supremo Tribunal Federal  de Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente da corte, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou, nesta quinta-feira (10), que o Supremo “serviu bem” ao país e que “não se mexe” em instituições que estão funcionando por “interesses políticos” e circunstâncias eleitorais.

“Nós decidimos as questões mais divisivas da sociedade brasileira, num mundo plural. Não existem unanimidades”, afirmou. “Porém, não se mexe em instituições que estão funcionando e cumprindo bem a sua missão por injunções dos interesses políticos circunstanciais e dos ciclos eleitorais”, acrescentou.

Barroso ressaltou ainda que as Constituições existem para que os “valores permanentes não sejam afetados pelas paixões de cada momento”, e que a corte segue firme na defesa da democracia e do pluralismo. 

Além disso, o ministro disse que STF  é “passível de erros e está sujeito a críticas e a medidas de aprimoramento”, como “toda instituição humana”.

“Porém, se o propósito de uma Constituição é assegurar o governo da maioria, o Estado de direito e os direitos fundamentais, e se o seu guardião é o Supremo, chega-se à reconfortante constatação de que o Tribunal cumpriu o seu papel e serviu bem ao país nesses 36 anos de vigência da Carta de 1988”.

CCJ aprova proposta anti-STF 

Na quarta-feira (9), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu por 39 votos a 18, dar aval ao andamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O próximo passo é a criação de uma comissão especial para avaliar a proposta. Não há, porém, prazo para que isso aconteça. Caso chegue ao plenário da Câmara, o texto só passará a vigorar se for aprovado por 308 deputados  em dois turnos de votação.

O texto aprovado pelos membros da CCJ proíbe decisões monocráticas que suspendam a eficácia de leis ou atos do presidente da República, dos presidentes da Câmara, do Senado e do Congresso

Pela proposta, as decisões individuais que suspendem leis continuarão permitidas apenas em um caso: durante o recesso do Judiciário, em situações de grave urgência ou risco de dano irreparável. A PEC estabelece que, neste caso, caberá ao presidente do tribunal tomar a decisão monocrática.
 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário