• Home/
  • Notícias/
  • Política/
  • 'Não temos clima político para discutir uma nova lei', afirma Alice Portugal sobre aborto no Brasil
Política

'Não temos clima político para discutir uma nova lei', afirma Alice Portugal sobre aborto no Brasil

Parlamentar comentou decisão da França em incluir procedimento na Constituição

Por Da Redação
Ás

'Não temos clima político para discutir uma nova lei', afirma Alice Portugal sobre aborto no Brasil

Foto: Laiz Menezes

Em entrevista na tarde desta segunda-feira (5) ao Farol da Bahia, a deputada Alice Portugal  (PCdoB) ressaltou alguns assuntos de saúde pública no Brasil e no mundo. A parlamentar, que também é farmacêutica bioquímica, elogiou a medida da França em incluir o aborto como direito constitucional e relatou que o procedimento clandestino é um problema de saúde pública. 

"A minha posição é muito clara, há muitos anos sou profissional de saúde, o problema do aborto clandestino no Brasil é um grande problema de saúde pública. É preciso resolver essa situação com educação sexual, com a orientação para contracepção, o uso de preservativos", afirma a deputada. 

Ela ainda traz a questão política atual sobre criar uma nova lei sobre o aborto no Brasil. "Nós não temos clima político para discutirmos uma nova lei, mas temos obrigação, em nome da vida destas mulheres, destas famílias, de cumprir a lei existente, que já está em vigor há mais de 40 anos. É a lei de abordo permitido para fetos anencéfalos e a lei que permite que a mulher ou menores de idade, vítima de estrupo, não levem a gravidez à vida", concluiu.

No Brasil, cerca de 800 mil mulheres praticam abortos todos os anos. Dessas, 200 mil recorrem ao SUS para tratar as sequelas de procedimentos malfeitos. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação pode ser ainda mais alarmante: o número de abortos pode ultrapassar um milhão de mulheres.

Motoristas de Aplicativo

Ainda em entrevista ao Farol da Bahia, Alice Portugal comentou o projeto de lei que regulamenta a atividade trabalhista dos motoristas de aplicativo. O texto foi enviado pelo Executivo ao Congresso.

A deputada se mostrou favorável à aprovação. "A minha expectativa é que seja aprovado. Não podemos deixar uma legião de trabalhadores desprotegidos, sem direito a uma carteira de trabalho. Não é possível, que essa desregulamentação faça da precarização o elemento chave dessa relação de trabalho", finalizou.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:[email protected]

Faça seu comentário