“Não use o púlpito para dividir o povo católico”, escreve padre após sacerdote criticar Bolsonaro

Um padre da cidade de Artur Nogueira, no interior de São Paulo, usou o momento do sermão da missa para falar sobre atitudes do presidente Jair Bolsonaro, o chamando de "bandido".  Enquanto fazia a cerimônia católica, o sacerdote, que não teve nome revelado, afirmou que as pessoas que votaram em Bolsonaro deveriam se confessar. 

Com esse posicionamento, a fala do padre causou polêmica entre o clero. Considerado precursor do fenômeno dos padres comunicadores no Brasil, o padre Zezinho, se manifestou em uma carta repreendendo  a atitude do colega sacerdote. 

“Padre deve trabalhar para a unidade, mesmo que seu coração seja de direita ou de esquerda ou de centro. A prudência no altar e no púlpito exige dele que anuncie ou denuncie, sem causar rupturas e ódio entre fiéis”, escreveu ele ao citar que o púlpito seria da igreja e não de um padre. “Se tem pretensões políticas, peça licença e siga seu coração direitista ou esquerdista ou centrista. Mas não use o púlpito para dividir o povo católico”, concluiu.