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Michel Telles

Neste Dia Mundial da Audição, médica alerta para cuidados com os fones de ouvidos, que não são vilões, mas podem vir a ser

Saúde auditiva merece atenção especial

Por Michel Telles
Ás

Neste Dia Mundial da Audição, médica alerta para cuidados com os fones de ouvidos, que não são vilões, mas podem vir a ser

Foto: Divulgação

O primeiro Relatório Mundial sobre Audição, lançado em março de 2021 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que um quarto da população global, ou o equivalente a cerca de 2,5 bilhões de pessoas, terá algum grau de perda auditiva até 2050. O estudo destaca que cerca de 60% das perdas podem ser evitadas com prevenção e tratamento de doenças ligadas à surdez. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), mais de 10 milhões de pessoas no país têm algum problema relacionado à surdez, ou seja, 5% da população é surda. Entre elas, 2,7 milhões não ouvem nada.

Para discutir o assunto, especialistas marcaram o dia 3 de março como o Dia Mundial da Audição. A otorrinolaringologista Alda Linhares de Freitas Borges (CRM 19205), que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, destaca algumas questões sobre o que pode levar as pessoas a uma surdez precoce. Ao contrário do que muitos pensam, o fone de ouvido não é, necessariamente, o personagem malvado da questão. “Ele não é um vilão, mas pode se tornar um. Na verdade, ele vira um problema quando a pessoa faz uso muito prolongado com volume alto”, salienta.

A pandemia fez com que as pessoas se adaptassem ao home office com várias reuniões remotas e ao ensino à distância, aumentando o uso dos fones de ouvido. Embora ainda não haja estudos sobre o impacto disso na saúde auditiva, especialmente de crianças e adolescentes, sabe-se que houve crescimento no consumo de fones de ouvido. Segundo a fabricante alemã Sennheiser, em 2020, houve aumento de 70% nas vendas desses acessórios no Brasil. A brasileira Multilaser também registrou um crescimento de mais de 50% na comercialização desse tipo de equipamento.

“Isso torna-se uma preocupação, porque cada vez mais as pessoas estão usando o fone por um período maior e muitas vezes com um volume muito elevado. O ideal é tentar manter o uso por poucas horas no período de um dia, fazendo intervalos de uso, com uma intensidade menor que 50% da potência do aparelho, claro que isso irá depender da potência de cada aparelho, sendo o ideal manter em um volume menor ou igual a 50dB. Para intensidades de som maiores que 70dB, a OMS recomenda o uso do fone por no máximo uma hora ao dia”, detalha Alda Linhares.

Mais fatores
No entanto, os fones de ouvido não são os únicos que podem afetar a audição, levando a uma surdez precoce. A otorrinolaringologista explica com o que se deve ter cuidado: “evitar a exposição a sons muito altos, intensos e súbitos. Fazer proteção auditiva com os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) adequados para aquelas pessoas que estão expostas diariamente, em especial em ambiente de trabalho, a ruídos contínuos e de volume elevado”.

É preciso se atentar aos sintomas que indicam uma perda de audição. “Sinal comum é o isolamento social da pessoa, tanto em pacientes jovens quanto nos idosos, mas especialmente nos idosos. Isso decorre da dificuldade de compreensão da fala e distinção de sons, levando a constrangimentos. Outro sinal precoce de perda auditiva é o zumbido. Sensação de abafamento ou pressão nos ouvidos também podem servir de alerta”, pontua a especialista.

Alda Linhares destaca que o ideal é procurar um médico antes dos sintomas começarem. “O certo é sempre fazer uma rotina de prevenção com o seu otorrinolaringologista. É muito melhor a gente prevenir do que remediar essa perda auditiva. A prevenção é ter os cuidados auditivos corretos e manter acompanhamento com um otorrino que possa te orientar”, reforça a médica que atende na clínica Audilife, no Órion Complex.

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