No G7, Lula diz que Rússia deve participar da Cúpula da Paz
Ppresidente participa de uma reunião com os líderes do G7, que ocorre em véspera da cúpula sobre a paz na Ucrânia
Foto: Gil Ferreira/Ascom-SRI
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu o jogo nesta sexta-feira (14), na região de Puglia, na Itália, sobre as divergências entre a política externa brasileira e as posições das grandes potências ocidentais.
Lula afirma a necessidade da participação da Rússia em qualquer situação de negociação para o fim da guerra da Ucrânia e também criticou o posicionamento de Israel na Faixa de Gaza, sem mencionar o nome do país.
“O Brasil condenou de maneira firme a invasão da Ucrânia pela Rússia. Já está claro que nenhuma das partes conseguirá atingir todos os seus objetivos pela via militar”, pontuou.
“Somente uma conferência internacional que seja reconhecida pelas [duas] partes, nos moldes da proposta de Brasil e China, viabilizará a paz”, afirmou o líder brasileiro.
Os argumentos foram feitas na mesma mesa em que estavam autoridades como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden; a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e o primeiro-ministro do Reino Unidos, Rishi Sunak - todos grandes apoiadores da Ucrânia e que trabalham para isolar a Rússia, aos líderes do G7.
Neste fim de semana, parte dos líderes do G7, vai da Itália para a Suíça para participar da Cúpula da Paz para a Ucrânia, organizada pelo governo suíço com apoio ucraniano. No entanto, não houve convite para que a Rússia participasse da reunião. O presidente Lula recebeu o convite para o evento, mas recusou, salientando que nenhuma cúpula conseguirá chegar à paz sem o envolvimento dos russos na mesa de negociações. Esse posicionamento é entendido pelo Ocidente como um apoio tácito ao presidente russo, Vladimir Putin.