Economia

No governo Bolsonaro, FNDE não priorizou cidades vulneráveis, aponta a CGU

Decisões ignoravam critérios e eram tomadas pelos gestores

Por Da Redação
Ás

No governo Bolsonaro, FNDE não priorizou cidades vulneráveis, aponta a CGU

Foto: Agência Brasil

Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), publicada em julho, analisou os gastos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) no período de 2019 a 2021, e revelou que durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o fundo deixou de seguir critérios técnicos e concentrou recursos em cidades menos vulneráveis.

Durante a gestão anterior, o presidente do FNDE era Marcelo Lopes da Ponte, ex-assessor do presidente do PP, Ciro Nogueira. Outro cargo de gestão foi ocupado por Gabriel Vilar, apadrinhado pelo Republicanos, na Diretoria de Gestão, Articulação e Projetos Educacionais.

Segundo a CGU, as decisões para beneficiar determinadas cidades eram tomadas pelos gestores, sem justificativas fundamentadas pela área técnica. Em 2021, por exemplo, o grupo de municípios menos vulneráveis recebeu R$ 106 milhões do FNDE, enquanto o grupo dos mais vulneráveis recebeu apenas R$ 20,9 milhões.

“Em qualquer dos cenários analisados, houve prevalência no atendimento de municípios e no empenho de recursos para os menos vulneráveis em detrimento daqueles mais vulneráveis”, concluiu a CGU.
 

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