Nova Lava Jato: envolvimento do ‘rei do lixo’ em esquema bilionário amedronta Congresso, diz jornalistas

Alvo principal da Polícia Federal (PF) na Operação Overclean, que investiga um esquema bilionário de fraude licitatória com uso de emendas parlamentares, o empresário José Marcos Moura, mais conhecido como ‘rei do lixo’, foi pauta de conversa das jornalistas Daniela Lima e Natuza Nery na quinta-feira (6), durante o programa Central da GloboNews.

Para Natuza, a suposta organização criminosa que teria desviado R$ 1,4 bilhão causa temor no Congresso Nacional. O ‘rei do lixo’ chegou a ser preso pela PF no dia 10 de dezembro de 2024, mas foi solto dias depois por decisão judicial.

“A história dele, quando vem à tona porque a polícia está investigando, deixa uma parte do Congresso Nacional em estado de amedrontamento”, disparou a jornalista.

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Já Daniela Lima afirmou que o caso envolvendo uma figura central ligada ao União Brasil, partido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do ex-presidente de Salvador , ACM Neto, é o maior escândalo de corrupção do Brasil e alerta para uma “Laja Jato parlamentar".

“O montante de dinheiro que um personagem local e desconhecido pelo Brasil, o ‘rei do lixo’, é acusado de mexer sozinho debaixo dos panos por meio de orçamento secreto é um prenúncio. [...] Foi a prisão dele que levou um presidente de partido a me dizer que hoje o Congresso vive a ameaça e temor de uma Lava Jato parlamentar”, afirmou.

“O fio da meada do ‘rei do lixo’ é que ele está ligado ao União Brasil, que, por acaso, vem a ser o partido do deputado que leva a investigação desse caso de suspeita de vendas de vendas para o Supremo, porque foi um primo dele que jogou dinheiro vivo pela janela: o deputado Elmar Nascimento. O ‘rei do lixo’ tem ascendência na direção desse partido”, completou. 

Daniela disse ainda que, diante do avanço da operação da PF, o clima dentro da cúpula do União Brasil é de “sangue, suor, lágrimas e ranger de dentes".

“Porque é um homem [Marcos Moura] ultra capilarizado e todo mundo o conhece. A suspeita da PF é que ele iniciou a venda de orçamento secreto forjando contratos pelas prefeituras que são comandadas por gente do União Brasil, mas esse negócio explodiu”, explicou Daniela.

Na sequência, Natuza completou: “Porque esse dinheiro não tem carimbo. A emenda de comissão, que não tem rastreio, hoje é usada para rachadinha. [...] Esse é o maior caso da PF hoje e pode ser um escândalo”, concluiu. 

Veja o vídeo abaixo: