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Nova presidente do STM afirma que Bolsonaro e outros réus podem ser julgados por crime militar e perderão patente se comprovada tentativa de golpe

Segundo Maria Elizabeth Rocha eventual julgamento pelo STM depende de um pronunciamento do Ministério Público Militar

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Nova presidente do STM afirma que Bolsonaro e outros réus podem ser julgados por crime militar e perderão patente se comprovada tentativa de golpe

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A primeira presidente do Superior Tribunal Militar (STM), a ministra Maria Elizabeth Rocha, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros militares investigados pela suposta tentativa de golpe de Estado, podem ser julgados pela Justiça Militar e perder as patentes.

Bolsonaro é capitão reformado do Exército e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF), juntamente com outros sete aliados, cinco deles militares: os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto; o almirante Almir Garnier Santos; o tenente-coronel Mauro Cid.

Na análise de Maria Elizabeth, Bolsonaro cometeu crimes militares, no entanto, um possível julgamento pelo STM depende das conduções das investigações sobre a trama golpista e de um pronunciamento do Ministério Público Militar (MPM). 

“Ele [Bolsonaro] pode ser julgado por crimes militares como o de incitação à tropa, por exemplo. Tudo vai depender de como será a apuração penal no STF e qual será a decisão da Primeira Turma”, afirmou. “Se ele [Bolsonaro] tiver um crime militar, que ele responda. Eu identifico alguns, mas não cabe a mim identificar, cabe ao Ministério Público Militar. Ele é o autor da ação penal e o detentor da denúncia, se ele não se pronunciou, seria um prejulgamento de minha parte mencionar qualquer um deles [crimes]”, disse.

A presidenta explicou ainda que a Corte pela qual ela é responsável julga apenas crimes militares, não crimes comuns, por isso a denúncia acontece no STF. 

“A Justiça Militar da União julga crimes militares e crimes dos militares. Eventualmente militares podem cometer crimes comuns. No caso, o ministro Alexandre de Moraes é o juiz natural da causa, o juiz que se tornou prevento, porque foi o primeiro que atuou nos atos do 8 de janeiro”.

Posse 

Maria Elizabeth foi a primeira ministra a compor o STM desde 2007, quando foi indicada durante o primeiro mandato do presidente Lula, se tornou a primeira mulher nomeada para o tribunal militar em 217 anos de funcionamento do órgão.

Entre 2013 e 2015, a ministra chegou a assumir temporariamente a presidência do STM, mas para um mandato-tampão.

Natural de Belo Horizonte e formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), a ministra também é doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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