Novo ministro de Bolsonaro apaga publicações nas redes sociais de elogios ao ex-presidente Lula
Fábio Faria foi anunciado para o, recriado, Ministério das Comunicações

Foto: Agência Câmara
Após ser nomeado presidente do Ministério das Comunicações, recriado por Bolsonaro, o deputado Fábio Faria (PSD-RN), tem apagado publicações nas redes sociais em que elogia os ex-presidentes Lula e Dilma.
Em uma publicação de 2010, o então líder do Partido da Mobilização Nacional (PMN) afirma ser integrante do conselho político do ex-presidente Lula e disse que iria manter a "coerência" de votar em Lula "desde 2002".
Em resposta à nomeação do deputado ao cargo no governo Bolsonaro, a deputada Janaina Paschoal (PSL-SP) fez uma publicação na manhã desta quinta-feira (11), questionando a escolha do presidente Bolsonaro e perguntou: "Foi para isso que fomos às ruas para derrubar Dilma?"
Gente, não quero ser injusta com ninguém, não quero fazer juízo prévio. Mas será que Jair Bolsonaro não deu um Google no nome do novo Ministro? Não é possível! Foi para isso que eu apoiei esse Presidente? Foi para isso que fomos às ruas para derrubar Dilma?
— Janaina Paschoal (@JanainaDoBrasil) June 11, 2020
A nomeação de Fábio Faria ao Ministério das Comunicações foi anunciada por Bolsonaro na noite da quinta-feira (10). Apesar de não possuir experiência na área, o presidente Bolsonaro afirmou que ele "tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Sílvio Santos". Fábio é casado com a filha de Sílvio, a apresentadora Patrícia Abravanel.
A indicação de Fábio também é apontada como uma das tentativas do presidente em se aproximar do "Centrão" para obter apoio político. Porém, o presidente negou a informação e disse que foi uma escolha pessoal.
"Nós não temos nada, pessoal tá atacando, "centrão". Eu nem lembro qual o partido dele. É um deputado federal. Que tem bom relacionamento com todos. Ele entrou em contato ali com várias lideranças partidárias, foi decido agora, tanto é que ninguém ficou sabendo. Não teve acordo com ninguém", disse Bolsonaro.