Saúde

Novo tratamento contra a leishmaniose vem sendo testado na Bahia

O fármaco é eficaz no tratamento da leishmaniose nas formas cutânea, mucocutânea e visceral

Por Da Redação
Ás

Novo tratamento contra a leishmaniose vem sendo testado na Bahia

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Um novo tratamento contra a leishmaniose vem sendo testado pelo Centro de Referência em Leishmaniose Dr. Jackson Maurício Lopes Costa, no distrito Corte de Pedra, em Presidente Tancredo Neves, na Bahia. A partir do ano que vem começa a terceira fase dos testes, feitos em parceria com o Hospital Universitário Júlio Muller, de Cuiabá, em Mato Grosso.

O programa faz parte da iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos de pesquisa e desenvolvimento de medicamentos.

Seu objetivo é testar o tratamento que combina uma sessão única de terapia de calor a 50 graus com a ingestão, durante 21 dias, de um comprimido do medicamento Miltefosina, usado nos tratamentos da leishmaniose e das infeções por amebas de vida livre. O fármaco é eficaz no tratamento da leishmaniose nas formas cutânea, mucocutânea e visceral. 

Resultados 

Os resultados mostraram que a combinação apresenta uma taxa de aproximadamente 80% de cura, sendo mais eficaz do que a aplicação de calor e de injeções de antimoniato de meglubina, feitos em separado.

Com isso, os centros brasileiros vão atuar em conjunto com laboratórios da Bolívia, do Peru e do Panamá, na fase 3. O projeto foi desenvolvido com 130 pacientes para tratar a leishmaniose cutânea. Seu resultado foi apresentado pela primeira vez no Congresso Brasileiro de Medicina Tropical, ChagaLeish e Parasitologia, pelo diretor do programa Byron Arana, em Belo Horizonte (MG). 

Sobre a enfermidade:

Doença infecciosa causada por protozoários parasitários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada de insetos da subfamília dos flebotomíneos. Existem três tipos principais: leishmaniose cutânea, leishmaniose mucocutânea e leishmaniose visceral. O sintoma mais evidente da forma cutânea são úlceras na pele. Na forma mucocutânea, as úlceras afetam não só a pele como também a boca e nariz. As suas manifestações variam de lesões ulceradas simples e autolimitadas na pele, até uma doença visceral com manifestações graves. 

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