Número de caçadores, atiradores desportivos e colecionadores de armas de fogo triplicam em relação ao total dos 15 anos anteriores
Exército mostra uma redução nas ações de fiscalização
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Segundo dados disponibilizados via Lei de Acesso à Informação pelo Exército, o número de brasileiros registrados como caçadores, atiradores desportivos e colecionadores de armas de fogo desde 2019 superou em 3 vezes os registros realizados entre 2003 – ano da edição do Estatuto do Desarmamento – e 2018.
De acordo com o Exército, foram concedidos 171.431 registros de CACs entre 2003 e 2018. Já de 2019 para cá, quando Jair Bolsonaro assumiu a presidência da República e deu início a uma mudança na política para armas do país, o número saltou para 549.831. No primeiro mês de governo, o presidente editou decretos que facilitavam a compra, posse e porte de armas de fogo e de munição. Alguns deles foram revogados ou alterados desde então, inclusive com suspensão de trechos determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) neste ano.
Já o número de armas registradas de 2019 a 2022 para esses grupos, conhecidos como CACs, superou em mais de cinco vezes o total dos três anos anteriores à gestão de Bolsonaro – entre 2015 e 2018. De 2019 para cá, foram 680.808 concessões. Só neste ano, até agora, CACs registraram 207.081 armas de fogo, mais do que em todo o período entre 2015 e 2018.
Em paralelo, os dados disponibilizados pelo Exército mostram uma redução nas ações de fiscalização realizadas pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (DFPC). A DFPC é a responsável por averiguar as compras e manutenção de armas de fogo, munições, explosivos e produtos químicos potencialmente perigosos.
Em 2018, por exemplo, o órgão realizou 23.513 ações de fiscalização. Em 2019, este número caiu para 22.233, e em 2020 que o número de ações recuou ainda mais, para 7.252.