Número de desocupados durante a pandemia chega a 12,2 milhões
Pesquisa do IBGE chama a atenção para o número de pessoas em trabalho remoto que teve primeira queda significativa, para 8,2 milhões.
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Dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o número de trabalhadores desocupados diante da pandemia teve alta na segunda semana de julho. Entre os dias 5 e 11 de julho, eram 12,2 milhões de pessoas desocupadas - na semana anterior, eram 11,5 milhões.
O desemprego também teve alta, para 13,1% - na semana anterior, eram 12,3%. A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurando trabalho) ficou estatisticamente estável: passou de 76,8 milhões para 76,9 milhões de pessoas.
De acordo com a pesquisa, desse grupo, 28,3 milhões disseram que gostariam de trabalhar. Destas, 19,2 milhões não buscaram ocupação devido à pandemia ou por falta de trabalho na localidade em que vive - equivalente a 68% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar.
Com relação aos trabalhadores que estão na informalidade, a foi de 34,0%, atingindo 27,6 milhões de pessoas. No início de maio, eram 29,9 milhões.
A pesquisa mostrou ainda que, pela primeira vez, o número de pessoas ocupadas que trabalhavam de forma remota caiu, passando de 8,9 milhões na primeira semana de julho para 8,2 milhões na segunda semana do mês. Com isso, cerca de 700 mil pessoas podem ter retornado ao trabalho presencial com a flexibilização das medidas de distanciamento social.