Número de faltosos cresce a cada eleição presidencial desde 2006, aponta pesquisa
Abstenção é ainda maior nos segundos turnos
Foto: Agência Brasil
Um levantamento da CNN feito com base nas estatísticas disponibilizadas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que a abstenção cresceu nas últimas quatro eleições presidenciais. Os dados, divulgados neste domingo (18), mostram que a quantidade de eleitores faltosos aumenta continuamente desde 2006, de um pleito para o outro, e tem sido ainda maior nos segundos turnos.
Ao comparar 2006 (reeleição de Lula), 2010 (eleição de Dilma), 2014 (reeleição de Dilma) e 2018 (eleição de Bolsonaro), a pesquisa observa uma evolução de mais de dois milhões de eleitores que se abstiveram. Nos segundos turnos, de 2010 a 2018, o crescimento registrado é de cerca de um milhão a cada pleito. De 2006 para 2010, o aumento foi ainda maior.
Do segundo turno entre Lula (candidato à reeleição) e Geraldo Alckmin para a disputa entre Dilma Rousseff e José Serra, houve um aumento de mais de cinco milhões de eleitores faltosos. A abstenção no primeiro turno das eleições gerais de 2006, de acordo com o TSE, foi de 16,75% dos aptos a votar naquele pleito, o que representa 21.092.675 eleitores. Já na votação de quatro anos depois, este número subiu para 24.610.296, um crescimento de 16,7% em relação a 2006.
Em 2010, a abstenção no primeiro turno ficou em 18,12%. No ano de 2014, essa taxa cresceu para 19,39%. Foram 27.697.332 eleitores que deixaram de comparecer às urnas naquele ano. Em relação à eleição presidencial anterior (2010), o aumento foi de 12,5%. Já em 2018, o comparecimento às urnas foi ainda menor e a abstenção no primeiro turno bateu a marca de 20,32% do eleitorado. No total, 29.939.319 eleitores faltaram. Na comparação com 2014, houve um crescimento de 8,1% nas últimas eleições.