Número de fumantes no Brasil reduz em 40%, segundo Inca

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de fumantes no Brasil reduziu em 40% devido à implementação de medidas antitabaco estabelecidas pelo Tratado Internacioal para Controle do Tabaco.

Durante o Simpósio Internacional Sobre Formas Alternativas de Exposição ao Tabaco, a médica do Instituto e secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq), Tania Cavalcante informou que, dentre as medidas que contribuem para a redução do número, estão os aumentos de preços e impostos do produto, além das advertências sanitárias introduzidas nas embalagens, a proibição de saborização dos cigarros e a proibição das propagandas.

Ainda segundo Tânia, as medidas preventivas contra o tabaco não foram adotadas anteriormente devido a burocracias existentes relacionadas a indústria do tabaco. "Se tivéssemos adotado anteriormente tudo o que temos hoje, teríamos menos fumantes e menos mortes e doenças. Hoje são 157 mil mortes [anuais] devido ao tabagismo, todas evitáveis, e um gasto de R$ 57 bilhões com as doenças por ano, enquanto as empresas lucram".

De acordo com o Inca, o uso e a exposição ao tabaco é responsável pelo desenvolvimento de câncer de pulmão, tuberculose, câncer de laringe, faringe dentre outros tipos de câncer. 

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas a cada ano. 7 milhões são resultantes do consumo direto com o fumo e 1,2 milhão resultante do fumo passivo.