Nuvem molecular com tamanho 3 mil vezes melhor que o Sol é localizado perto da Terra

Descoberta pode auxiliar no esclarecimento de como estrelas e planetas se formam

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Nuvem molecular com tamanho 3 mil vezes melhor que o Sol é localizado perto da Terra

Foto: Thomas Müller (HdA/MPIA)/Thavisha Dharmawardena (NYU) via CNN Newsource

Uma nuvem molecular invisível, que pode auxiliar a esclarecer como estrelas e planetas se formam, foi identificada próxima a Terra. Ela foi batizada de Eos, como uma forma de homenagear a deusa grega do amanhecer. A nuvem de gás pareceria gigante no céu noturno se fosse perceptível a olho nu.

A nuvem mede cerca de 40 luas de largura e tem uma massa de aproximadamente de 3.400 vezes maior que a do Sol, de acordo com pesquisadores em um estudo publicado neste segunda-feira (28) na revista Nature Astronomy.

“Em astronomia, enxergar o que antes era invisível geralmente significa olhar mais fundo com telescópios cada vez mais sensíveis — detectando aqueles planetas menores… aquelas galáxias mais distantes”, afirmou Thomas Haworth, coautor do estudo e astrofísico da Queen Mary University of London.

“Essa coisa estava praticamente no nosso quintal cósmico, e nós simplesmente a perdemos”, acrescentou.

Nuves moleculares são compostas por gás e poeira, a partir dos quais podem se formar moléculas de hidrogênio e monóxido de carbono. Agregados densos no interior das nuvens podem colapsar e ocasionar a origem a estrelas jovens.

Os cientistas identificaram uma nuvem molecular utilizando observações em rádio e infravermelho, que são capazes de detectar a assinatura química do monóxido de carbono, segundo explicou Haworth.

“Normalmente, procuramos esse composto, que é apenas um átomo de carbono e um de oxigênio, e que emite luz de maneira bastante fácil em comprimentos de onda que podemos detectar”, afirmou o pesquisador. “Ele é brilhante, e temos muitas instalações que podem detectá-lo.”

Eos escapou da descoberta, apesar de ser a nuvem molecular mais próxima da Terra, pois ela não contém muito dióxido de carbono e com isso, não emite assinatura característica captada pelos métodos convencionais, segundo os pesquisadores. A chave para essa descoberta surpreendente foi procurar a luz ultravioleta emitida pelo hidrogênio na nuvem.

“A única razão pela qual conseguimos captá-la desta vez foi porque conseguimos observar com uma cor diferente de luz”, acrescentou Haworth.

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