O "barbiecore" invadiu os cardápios, mas o excesso de corantes pode prejudicar a saúde
Estreia do live-action da boneca mais famosa do mundo influencia criação de pratos coloridos
Foto: Laura Moura /g1
A estreia do live-action estrelado por Margot Robbie, retratando a famosa boneca Barbie, impulsionou o fenômeno do "barbiecore", que invadiu não apenas roupas e acessórios, mas também os cardápios de diversos estabelecimentos na região de Campinas (SP). Desde tradicionais sobremesas até tapiocas, sushis e biscoitos para pets, a cor rosa característica do brinquedo ganhou destaque nas comidas através do uso de corantes, em sua maioria, artificiais.
No entanto, a disseminação excessiva desse pigmento levanta preocupações sobre seus possíveis efeitos prejudiciais à saúde. O G1 conversou com o professor e pesquisador de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, Maurício Rostagno, que explicou as questões em torno dessa tendência.
"O problema dessa onda do rosa é o excesso, não só o excesso pontual, uma exposição aguda a esses corantes artificiais, que podem causar uma reação também aguda, mas uma exposição frequente e acima desses níveis seguros que pode provocar doenças sérias", comenta Rostagno.
De acordo com o professor, estudos indicam que a substância presente nos corantes pode ser cancerígena e também está associada a possíveis alergias e hiperatividade quando utilizada acima das quantidades recomendadas.