O impacto econômico da pandemia faz o Grupo LVMH desistir de comprar a Tiffany & Co.
Aos detalhes...

Foto: Arquivo
Ontem, o conglomerado de luxo LVMH informou que não será “capaz de concluir” a compra da Tiffany & Co., cujo acordo foi firmado em novembro de 2019, por US$ 16,2 bilhões. A notícia vem depois de especulações a respeito de negociações sobre a compra, que circularam durante o verão europeu. O acordo foi afetado pelas incertezas e o impacto econômico da pandemia de Covid-19.
Em comunicado à imprensa, o grupo francês mencionou “uma sucessão de eventos que prejudicam a aquisição” da joalheria norte-americana. Um dos fatores para a desistência da compra é a ameaça da imposição de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos franceses. Os valores estariam previstos para serem cobrados a partir de 6 de janeiro de 2021, em produtos como bolsas e maquiagens. As taxas seriam uma resposta aos impostos franceses sobre serviços digitais dos EUA.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores da França solicitou ao LVMH que a compra seja adiada para depois desse período, como uma reação aos impostos. Em resposta a esse pedido, a Tiffany acionou a justiça no estado norte-americano de Delaware para forçar o grupo francês a concluir a compra. A medida teria como objetivo proteger a empresa e seus acionistas. A companhia alega ainda que o pedido do governo francês não tem amparo legal.