"O prejuízo está feito", afirma Haddad sobre últimas medidas tomadas pelo Governo Bolsonaro
Segundo o ministro da Fazenda, tais tomadas custarão entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões à nova gestão
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Medidas tomadas de última hora pelo governo Bolsonaro custarão ao novo governo do presidente Lula entre R$ 10 bilhões a R$15 bilhões, foi o que estimou o ministro da Fazenda Fernando Haddad, em rápida conversa com jornalistas nesta segunda-feira (2). O impacto já está dado independente das revogações que já começaram a ser expedidas pelo Executivo.
"(O impacto) é entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. Considerando o que imaginamos hoje que é irrecuperável, a não ser que haja uma suspensão das medidas pelo Judiciário, o prejuízo está feito", afirmou Haddad aos jornalistas.
As medidas tomadas pelo governo do agora ex-presidente Jair Bolsonaro tem impacto sobre as contas públicas por meio de isenções. Entre as decisões, o governo decidiu zerar a alíquota do PIS e Cofins do setor aéreo, além de reduzir pela metade o imposto cobrado sobre as receitas financeiras de empresas que adotam a tributação do lucro real, as maiores do país. Essa última foi revogada nesta segunda-feira (2), no entanto, o impacto dura por pelo menos 90 dias. Apesar do atual governo promover a revogação de algumas medidas, o impacto ocorre por elas serem consideradas aumento de imposto, no qual é exigido uma noventena antes da medida entrar em vigor.