O problema do lixo eletrônico
Confira o editorial desta quinta-feira (13)
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É, enfim, assinado o decreto que regulamenta a logística reversa de produtos eletroeletrônicos, que obriga empresas do setor a implantarem sistemas de coleta desse tipo de resíduo e dar sua destinação correta. Também conhecido como e-lixo, são aqueles equipamentos eletro-eletrônicos, incluindo celulares, computadores, impressoras etc.
Trata-se de uma normativa, oficializada pelo presidente Jair Bolsonaro, que também inclui convênios com prefeituras para a compra de equipamentos de coleta de lixo reciclável e compostagem de resíduos orgânicos. Era uma pendência da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
O que isso representam à população? É colocar mais pontos de coleta de eletroeletrônicos mais próximos do brasileiro. Não é segredo algum a dificuldade, principalmente em cidades do interior do país, em encontrar onde se pode fazer o descarte correto.
As consequências deste deficit são óbvias: descarte de produtos inflamáveis, ou com altos componentes químicos (chumbo, cádmio e mercúrio) junto ao lixo orgânico ou reciclado. Além disso, o descarte diário do e-lixo é uma realidade, muito devido à rapidez da tecnologia. Cada vez mais o consumidor quer substituir seus aparelhos por outros mais modernos, até mesmo independente do estado de funcionamento do “velho”.
A gravidade do tema é latente. O lixo eletrônico causa um grave problema para o meio ambiente, afinal, consome enorme quantidade de recursos naturais em sua produção. Imagine que um único notebook, por exemplo, exige 50 mil litros d'água em seu processo de fabricação. Isso se soma à curta vida útil dos eletroeletrônicos: em torno de três a cinco anos, o que faz aumentar a quantidade de descartes do e-lixo.