O título é de que mesmo?

O título de “Cidadão Soteropolitano” ou “Cidadão de Salvador” ofertado pela Câmara de Salvador, já virou lugar comum na cidade. As premissas para que um cidadão seja tão relevante a ponto de ser considerado “nativo”, já perderam critérios faz tempo e hoje em dia, nem precisa conhecer a cidade para receber um título destes. Basta ser parente de algum baiano, político da moda ou até mesmo, “ser amigo, do amigo do meu pai” e pah: ganha uma medalhinha com plateia lendo discurso que diz nada com coisa nenhuma. Quem não lembra de João Dória, que recebeu o título sem nunca ter feito absolutamente nada pela cidade? Recebeu a medalha e, junto com o prefeito, um monte de ovos na cabeça... O mais recente caso é o da desembargadora Maria das Graças Leal. Recebeu o título em uma semana - porque fez o que recebe salário para fazer, bem alto por sinal, e nada mais - e na outra, se descobre que a digníssima magistrada é suspeita de estar enrolada até a alma na “Operação Faroeste”, com telefonemas que ligam a distinta desembargadora até a traficantes. E aí? Faz o que? Será que o fato da senhora em questão ser tia do presidente da Assembleia, Nelson Leal – que fez videozinho e tudo mais se gabando da tia - ajudou em alguma coisa? Fica meio estranho manter o “discurso” elogiando a “atuação” da magistrada, “retilínea, ilibada e muito relevante” para a cidade de Salvador depois dessa ou “tudo bem”? Fica a dica para os vereadores que, para aparecer, fazer social ou pedir favor, ficam indicando tudo e todos para receber algo que só se deve ter com extremo merecimento quando o homenageado REALMENTE faz ou fez algo para benefício da cidade e de sua população.