Política

OAB repudia ataque feito contra o Supremo Tribunal Federal

Outra reação veio por parte do governador, que exonerou o subcomandante-geral da Polícia Militar que era o responsável pelo comando geral no fim de semana

Por Juliana Dias
Ás

OAB repudia ataque feito contra o Supremo Tribunal Federal

Foto: Reprodução

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou nesta segunda-feira (15) o ataque feito contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de sábado (13), quando dezenas de pessoas soltaram fogos de artifício em direção ao prédio da Corte, em Brasília. Os manifestantes divulgaram nas redes sociais vídeos da queima com narrações com ataques aos ministros e ao governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha.

"São inaceitáveis manifestações violentas e antidemocráticas. O ataque ao STF, na verdade, constitui flagrante desrespeito à Constituição Federal, à democracia e ao Estado de Direito", manifestou ao OAB. O Conselho dos Tribunais de Justiça seguiu a mesma linha e registrou que o ataque de sábado à noite é "absolutamente incompatível no regime democrático". O Conselho ressalta que o STF é um dos pilares da democracia e não pode sofrer ameaças. Ainda pede a estabilidade jurídica e a harmonia entre os Poderes.

No sábado, o governo do DF tirou os manifestantes do grupo "300 do Brasil" que estavam acampados na Esplanada dos Ministérios. A reação deles foi soltar fogos de artifício sobre o Supremo. O ato foi registrado em vídeos que circularam pelas redes sociais e um dos homens, que foi identificado como o narrador, chegou a ser preso no domingo (14) e liberado logo após. Trata-se de Renan Silva, de 57 anos, que já responde a processo por agredir profissionais da saúde que fizeram ato em 1º de maio para lembrar os colegas mortos pela pandemia da Covid-19 no Brasil. O homem, é ex-funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e foi exonerado depois das primeiras agressões.

No vídeo de sábado, Renan ataca o Supremo e o governador Ibaneis Rocha, e agora vai responder pelos crimes de calúnia, injúria e difamação. Em outros vídeos do ato de sábado, aparecem xingamentos contra os ministros Dias Toffoli, Carmen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Em nota, o presidente do STF, Dias Toffoli afirmou: “O Supremo jamais se sujeitará, como não se sujeitou em toda a sua história, a nenhum tipo de ameaça, seja velada, indireta ou direta e continuará cumprindo a sua missão”.

Outra reação veio por parte do governador Ibaneis Rocha, que exonerou o subcomandante-geral da Polícia Militar, Coronel Sérgio Luiz Ferreira de Souza, que era o responsável pelo comando geral no fim de semana. O questionamento é por que a Polícia não impediu a queima de fogos. Em nota, o governador disse que sempre respeitou todo tipo de manifestação, mas que não admite ameaça.

Nesta segunda, seis integrantes do grupo "300 do Brasil" foram alvo de mandados de prisão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Uma das presas foi a líder do movimento, conhecida como Sara Winter.

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