Obras de arte chinesas são digitalizadas e vendidas por menos de US$ 1 após museu ser hackeado
Cada imagem digitalizada pode custar entre US$ 98 e US$ 850, dependendo da resolução
Foto: Pexels
Um museu taiwanês que abriga algumas das obras de arte chinesas mais preciosas do mundo confirmou que cerca de 100.000 imagens de alta resolução de pinturas e caligrafias vazaram online – algumas delas à venda em uma plataforma de compras chinesa por menos de US$ 1.
O Museu do Palácio Nacional em Taipei disse na terça-feira (14) que entrou em contato com o Taobao, um site de compras popular na China continental, para evitar que as imagens se espalhem.
“Estamos investigando e contratamos advogados para levantar ao Taobao sobre as propriedades intelectuais e os danos envolvidos”, disse o vice-diretor do museu, Huang Yung-tai.
As digitalizações de alta resolução são uma maneira comum de artistas, galerias e museus monetizarem obras de arte em sua posse, emitindo cópias digitais, sem ter que vender o original, atendendo a um mercado consumidor mais amplo e menos rico.
Segundo o site do museu, cada imagem digitalizada pode custar entre US$ 98 e US$ 850, dependendo da resolução.
Em seu comunicado, o Museu do Palácio Nacional disse que identificou o vazamento pela primeira vez em junho do ano passado e iniciou uma investigação sobre o assunto dois meses depois.
O resultado dessa investigação descobriu que um membro da equipe encarregado de reduzir o tamanho dos arquivos das digitalizações transferiu algumas das obras de arte do servidor do museu em uma tentativa de agilizar o processo.
Mas o servidor privado foi hackeado, disse o museu. “Isso possibilitou que pessoas não relacionadas ao museu buscassem as imagens em parte antes de combiná-las para obter a versão completa”, explicou o museu, acrescentando que o funcionário recebeu um aviso.