Obras de estádios financiadas pelo Governo Federal ficam inacabadas em diversas cidades
Convênios para construir estádios enfrentam problemas de atraso e abandono
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Quando o Boa Esporte se mudou para Varginha (MG) em 2011, a prefeitura de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, prometeu construir um estádio para 18 mil pessoas em dois anos. Doze anos depois, o time não voltou, e a obra, que custou R$ 8,5 milhões do governo federal, está inacabada. Isso não é uma exceção. Um levantamento revela que de 629 cidades com convênios do Ministério do Esporte desde 1995, 203 têm obras atrasadas ou abandonadas, totalizando R$ 112 milhões.
Sob o comando do ministro André Fufuca (PP), o Ministério do Esporte planeja gastar R$ 10 milhões para construir estádios no Maranhão, sua base política.
Os acordos problemáticos foram mais comuns nos governos Lula e Dilma, durante a preparação para a Copa do Mundo. O ex-ministro Orlando Silva (PCdoB-SP) justifica o gasto para melhorar a infraestrutura esportiva e educacional.
Em Ituiutaba, um relatório do TCU apontou falhas na transparência do contrato. A prefeitura promete nova licitação.
Em Queimados, o projeto de estádio para a Olimpíada de 2016 nunca saiu do papel.
Em Coari (AM), a obra está atrasada, com chance de mais atrasos.
Até campos simples, como o de Caldas Novas (GO), enfrentam atrasos, assim como um estádio em Jussari (BA), que ficou pela metade e foi abandonado.