OIT prevê que desemprego no Brasil cairá em 2023, mas recuo deve perder força
Taxa de desemprego deve ficar em 9,1% neste ano, com 9,9 milhões de brasileiros sem trabalho
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou, nesta segunda-feira (16), uma previsão da taxa de desemprego no Brasil para 2023. Segundo a OIT, a queda da taxa do desemprego no Brasil em 2023 terá um recuo ao enfrentar uma economia mundial desafiadora e instabilidade geopolítica. O número de pessoas sem trabalho, no entanto, voltará a ficar abaixo de 10 milhões de pessoas.
A OIT prevê que 2023 terá um total de 208 milhões de desempregados no mundo. Ou seja, serão 3 milhões a mais de pessoas sem trabalho que em 2022, principalmente nos países ricos, mostrando ainda o impacto da Covid-19. Em 2022, a economia global contava com 16 milhões a mais de desempregados que em 2019, às vésperas da crise sanitária.
A OIT destacou que o Brasil "registou um crescimento muito forte do emprego, e uma grande redução da taxa de desemprego, no decurso de 2021 e 2022". "Esperamos que esta tendência descendente pare em 2023, devido ao ambiente econômico global mais difícil. Mas não esperamos uma deterioração do mercado de trabalho no país", diz.
Em 2021, o número de brasileiros desempregados chegou a 14,1 milhões de pessoas, cerca de 13,3% da população. Um ano depois, a redução foi importante, para 10,3 milhões de brasileiros e uma taxa de 9,5%. Mas a OIT já identificou uma perda de fôlego no crescimento do país em 2022, com um impacto em toda a região.
A OIT estima que a taxa voltará a cair neste ano, mas sem o mesmo fôlego. O índice deve ficar em 9,1%, com 9,9 milhões de brasileiros sem trabalho. A estimativa para 2024 não apresenta grandes mudanças, com uma previsão de 9,9 milhões de brasileiros desempregados e uma taxa de 9%.
De acordo com o UOL, os novos dados sobre a situação global marcam o início do Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos e reúne mais de dois mil líderes políticos e empresários. A delegação brasileira é liderada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente).