Olimpíadas de Paris: Cachorrão quebra recorde sul-americano na natação, mas fica fora do pódio

O nadador brasileiro Guilherme Costa, o Cachorrão, bateu o recorde sul-americano (que era dele mesmo) nos 400m livre da natação masculina, neste sábado (27), nos Jogos de Paris. 

O maior nome da natação brasileira na França, aos 25 anos, atingiu a marca de 3:42.76, mas o tempo não suficiente para subir ao pódio e ele terminou em quinto lugar na competição, em uma das provas mais fortes da história. Com a mesma pontuação, ele seria campeão nos Jogos de Tóquio, por exemplo. 

O ouro ficou com o alemão Lukas Maertens, com 3:41.78. A prata ficou com Elijah Winnington, da Austrália, e Kim Woomin, da Coreia do Sul. Cachorrão chegou à final com o segundo melhor tempo no geral. A boa marca vem depois de bater na trave e ficar em quarto lugar nos dois últimos mundiais. 

Em entrevista à TV Globo, Cachorrão lamentou não ter subido ao pódio e chorou. "Acertei a prova quase inteira. Faltou alguma coisa nos últimos 50 metros, que são meu ponto forte. Durante a prova, eu tinha certeza de que ia chegar em segundo, quando eu vi como a prova estava se desenhando. Acabei não conseguindo fechar da forma como eu sempre fecho. Só sei que não quero sentir isso nunca mais", disse.

Ele foi consolado pelo técnico Rogério Karfunkelstein, que exaltou o novo recorde. “Você foi gigante, cara! Foi gigante! Nadou pra c***! Foi a maior prova da história! Quem falar o contrário tá louco. Você é monstro!”, disse Rogério, abraçando o nadador.

Apesar de especialista nos 400m livres, ele volta à piscina para os 200m livre, 800m livre, revezamento 4x200m livre e sai do ginásio para disputar a maratona aquática.