Coronavírus

OMS alerta que novo coronavírus pode "nunca desaparecer" e virar doença "endêmica"

Esforços dependem da sociedade e autoridades

Por Da Redação
Ás

OMS alerta que novo coronavírus pode "nunca desaparecer" e virar doença "endêmica"

Foto: Reprodução

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) desta quarta-feira (13), o novo coronavírus pode se transformar em uma doença endêmica e nunca desaparecer, caso ações firmes não forem tomadas. Ainda segundo a OMS, mesmo com uma eventual vacina, os desafios de controlar a doença serão importantes. A entidade destacou que o futuro da pandemia está nas mãos de líderes e da sociedade e que governos já provaram que a crise pode ser controlada.

Em uma entrevista ao jornal Financial Times, a cientista-chefe da agência, Soumya Swaminathan, havia indicado que o mundo poderia precisar de quatro ou cinco anos para lidar com a crise. Hoje, já são mais de 4 milhões de casos em praticamente todos os lugares do mundo, uma transmissão que surpreendeu até os técnicos de maior experiência na OMS.

Michael Ryan, diretor de operações da entidade, explicou horas depois que tal projeção poderia ter sido feita diante da ausência de uma vacina. Mas admitiu que, entre os diferentes cenários, está a possibilidade de que a Covid-19 se "transforme em outro vírus endêmicos nas comunidades" e "nunca desaparecer".

"Temos um novo virus entrando na população pela primeira vez. Portanto, é muito difícil prever quando vamos vencer", afirmou. "É importante colocar isso sobre a mesa. Esse vírus pode se tornar mais um vírus endêmico em nossa comunidade E pode nunca desaparecer. O HIV nunca desapareceu. Encontramos as terapias e as pessoas não tem mais o mesmo medo", disse. "Não estou comparando as duas doenças. Mas precisamos ser realistas", acrescentou.

Ryan relembrou como o mundo, apesar de ter outras vacinas eficientes para outras doenças, continua vendo crianças morrer de doenças que já possuem cura no dias atuais. "Em alguns casos, faltou vontade e determinação para fortalecer os sistemas de saúde", indicou.

"A ciência pode vir com uma vacina. Mas depois teremos de dar e as pessoas vão ter de aceitar tomar", afirmou. "Cada etapa desse processo tem desafios", disse. "Não há promessas, nem datas, pode ser um problema de longo prazo ou não", insistiu.

Segundo ele, para que haja um controle da Covid-19, o mundo precisará de um apoio político, financeiro e da comunidade. "Temos o controle sobre esse futuro", afirmou. Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, também insistiu que "trajetória da doença está em nossas mãos".

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