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Saúde

OMS avalia que pico de casos de coronavírus no Brasil deve ocorrer em agosto

Outros quatro países sul-americanos também deverão ter ápice dos casos no período

Por Da Redação
Ás

OMS avalia que pico de casos de coronavírus no Brasil deve ocorrer em agosto

Foto: Reprodução/Internet

Ao registrar mais 33.846 infecções pelo coronavírus e 1.280 mortes em 24 horas, o Brasil começa o mês de julho como o principal influenciador do crescimento da pandemia na América Latina. Apesar dos 1.402.041 casos confirmados e de 59.594 mortes, especialistas afirmam que o país ainda não passou pelo pico da doença, previsto para agosto pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) na região. 

Membros da instituição reforçam a necessidade das medidas de isolamento que salvam vidas e de uma mensagem mais consistente à população. De acordo com o Ministério da Saúde, do total de infectados, 790.040 (56,3%) correspondem a pessoas que se recuperaram da infecção. De acordo com a diretora da Opas, Carissa Etienne, nas condições atuais, o Brasil deve enfrentar o pico de casos em agosto, junto com Argentina, Bolívia e Peru.

Com as previsões, as mortes em todo continente americano serão quase triplicadas até três meses. “A região das Américas é o epicentro atual dessa epidemia. As projeções calculadas pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington (IHME) para a região estimam que, em outubro, haverá mais de 627 mil mortes, quase três vezes o que estamos vendo atualmente”, disse Etienne, em coletiva de imprensa.

Contudo, ela destacou que esses países podem modificar as previsões ao tomarem as decisões corretas. Diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal reforçou que é preciso passar uma mensagem clara para a população.

“A OMS constantemente pediu para que o Brasil aumentasse a quantidade de teste de coronavírus e também pediu para que a mensagem (à população) seja consistente. [...] No Brasil, os governadores têm a possibilidade de implementar medidas, e estão fazendo isso, mas falta uma mensagem. Sem isso, a população se confunde”, afirmou. 

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