OMS pede que países adiem doses de reforço contra Covid-19 até final de setembro

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, fez um pedido aos países, nesta quarta-feira (4), para que adiem as doses de reforço de vacinas contra Covid-19 até pelo menos o final de setembro.

Segundo Ghebreyesus, o objetivo é conseguir vacinar pelo menos 10% da população de cada país. O apelo para interromper os reforços de imunizantes contra a doença é o maior já feito pela agência da ONU, à medida que aumenta a lacuna entre as taxas de vacinação em países ricos e pobres.

"Eu entendo a preocupação de todos os governos em proteger seu povo da variante Delta. Mas não podemos aceitar países que já usaram a maior parte do fornecimento global de vacinas usando ainda mais" disse Ghebreyesus.

Os países de alta renda tiveram cerca de 50 doses para cada 100 pessoas em maio, e o número dobrou desde então, de acordo com a OMS. Os países de baixa renda só conseguem administrar 1,5 doses para cada 100 pessoas, por conta da falta de abastecimento.

"Precisamos de uma reversão urgente, da maioria das vacinas indo para países de alta renda, para a maioria indo para países de baixa renda"  acrescentou Ghebreyesus.

Alguns países já começaram a usar ou a analisar a necessidade de doses de reforço contra a Covid-19. No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou na semana passada que pediu uma pesquisa para avaliar a efetividade de uma terceira dose de vacina contra a Covid-19 para quem tomou CoronaVac.