OMS recomenda que países esperem duas semanas para cada fase do fim do confinamento
Medidas de relaxamento devem ser tomadas gradualmente
Foto: Reprodução/Exame Abril
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (15) que os países que pretendem aliviar as restrições impostas no combate a disseminação do coronavírus devem esperar pelo menos duas semanas antes de mudar as regras. Na atualização mais recente sobre a Covid-19, a agência das Nações Unidas disse que o mundo está em um “momento crucial” da pandemia e que a “velocidade, escala e equidade devem ser nossos princípios de orientação” quando for decidir quais medidas necessárias.
A atualização da OMS pede que as medidas sejam retiradas gradualmente para que os países tenham tempo de avaliar os impactos antes das novas medidas serem praticadas.
"Para reduzir o risco de novos surtos, as medidas devem ser levantadas de maneira gradual, com base em uma avaliação dos riscos epidemiológicos e dos benefícios socioeconômicos, relaxando as restrições em diferentes locais de trabalho, instituições educacionais e atividades sociais" afirmou a OMS, que alertou ainda que o “risco de reintrodução e ressurgimento da doença continuará”.
Em alguns países, a exemplo da China, já começou a suspender algumas das mais severas restrições impostas à província de Hubei, onde a doença surgiu pela primeira vez em dezembro do ano passado. Nos Estados Unidos, que tem o maior número de casos e mortes confirmados, o presidente Donald Trump brigou com alguns governadores estaduais sobre quem teria autoridade para começar a reabrir negócios nos EUA.
Já a Itália, que tem o segundo maior número de mortos no mundo (21.067), preferiu manter as restrições rígidas de movimento. No entanto, a Dinamarca, um dos primeiros países europeus a se fechar, vai reabrir as creches e escolas para crianças que cursam entre a primeira e a quinta série.