OMS registrou 11 milhões de casos a mais de malária em 2023
Foram cerca de 263 milhões de casos, com 597 mil mortes só no ano passado
Foto: OMS/Sven Torfinn
A Organização Mundial da Saúde, OMS, publicou um relatório mundial sobre a malária, indicando que a doença continua sendo uma grave ameaça à saúde global, especialmente no continente africano, nesta quarta-feira (11). De acordo com a OMS, o continente africano concentra 95% das mortes; muitos em situação de risco ainda não têm acesso a serviços para prevenir, detectar e tratar a doença.
Foram cerca de 263 milhões de casos, com 597 mil mortes só no ano passado. Isso representa 11 milhões de casos a mais em relação a 2022. O número de mortes permaneceu estável.
O Impacto nos países
O continente registrou 52,4 mortes por 100 mil habitantes, o dobro da meta global atual. Em 11 nações africanas, que representam os dois terços da carga global de malária, assinaram uma declaração comprometendo-se a reduzir de forma sustentável e equitativa a incidência da doença.
As nações de Burkina Fasso, Camarões, República Democrática do Congo, Gana, Mali, Moçambique, Níger, Nigéria, Sudão, Tanzânia e Uganda informaram que vão abordar as causas mais profundas, assim, fortalecendo os sistemas de saúde nacionais, melhorando a coordenação e utilizando informações estratégicas de maneira eficaz.
Os Avanços
Desde o ano 2000, cerca de 2,2 bilhões de casos de malária e 12,7 milhões de mortes foram contabilizadas pela OMS. Já em novembro de 2024, 44 países e um território foram certificados pela OMS como livres da doença, e muitos outros estão progredindo constantemente em direção a essa meta.
Entre os 83 países onde a malária é endêmica, 25 relatam menos de 10 casos anuais, um aumento significativo em relação a 2000, quando apenas quatro chegaram nesse patamar.
O combate
Com o aumento do compromisso político, a ampliação do uso de ferramentas recomendadas pela OMS promete avanços adicionais em países endêmicos. 17 países já haviam introduzido vacinas contra a malária nos programas regulares de imunização infantil, até dezembro deste ano isso deve ser implantado.
Além disso, novas redes mosquiteiras de última geração também estão se tornando amplamente disponíveis. Em 2023, essas redes representaram 78% dos 195 milhões de unidades distribuídas na África Subsaariana.