Onça que atacou caseiro passa por acompanhamento médico e não deve voltar à mata
Boletim veterinário apontou que animal estava desidratado e abaixo do peso

Foto: Reprodução/MidiaMax/SaulSchramm
A onça-pintada apontada como responsável pela morte do caseiro de 60 anos, na região de Touro Morto, em Mato Grosso do Sul, está sendo monitorada pelo Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. O animal está passando por exames e acompanhamento veterinário.
O felino passou por procedimentos de saúde, como coleta de sangue e fezes para análise e realização de exames de imagem. Ele está sendo vigiado por uma equipe médica com escala de 24 horas. O boletim veterinário apontou que a onça estava desidratada e abaixo do peso, além de alterações hepáticas, renais e gastrointestinais.
Após a recuperação, ela não deve voltar à região da mata, em Mato Grosso do Sul, onde foi capturada na quinta-feira (24). A onça deve ser transferida para um recinto, definitivo ou provisório.
Futuros encaminhamentos deverão ser discutidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) do estado em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade, segundo a CNN.
Relembre o caso
A Polícia Militar Ambiental de Corumbá, Miranda e Aquidauana confirmaram a morte de Jorge Avalo, na terça-feira (22), após encontrarem rastros de sangue e restos mortais a cerca de 280 metros do rancho onde ele trabalhava como caseiro. O corpo dele deve ter sido arrastado pelo animal por mais de 50 metros.
Ele foi atacado enquanto tentava coletar mel em um deck próximo da mata. Os moradores da região relataram que o ataque foi repentino. Eles encontraram vestígios de sangue e pegadas de um animal silvestre de grande porte. Câmeras de segurança também registraram o momento em que o felino andava pela região.
As autoridades consideram que o ataque foi motivado por escassez de alimento, comportamento defensivo, período reprodutivo do animal - quando machos tendem a se tornar mais agressivos. Uma atitude involuntária da vítima também pode ter motivado o ataque.