ONS derruba geração de energia eólica e solar no Nordeste após apagão

Após o apagão que resultou em quedas de energia em 25 estados e no Distrito Federal, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) optou por diminuir a geração de energia eólica e solar no Nordeste. Embora essa ação tenha sido vista por empresas e associações do setor como uma estratégia para evitar sobrecargas no sistema, há a possibilidade de acarretar custos adicionais aos consumidores caso se prolongue por muitos dias.

Segundo a CNN, informações divulgadas pelo ONS indicam que a geração de energia eólica ficou abaixo das expectativas durante a maior parte da última quarta-feira (16). Por exemplo, às 9h, o operador havia projetado uma entrada de cerca de 17 mil megawatts (MW) de energia eólica no Nordeste. No entanto, menos de 13 mil MW foram efetivamente acionados pelo ONS. Às 10h30, menos de 2 mil MW dos 4 mil MW previstos em geração de energia solar foram acrescentados ao sistema da região, segundo esses dados. 

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o blecaute nacional teve início com um problema em uma linha de transmissão entre Quixadá e Fortaleza, no Ceará, que pertence à Chesf. “Quando acontece um evento dessa magnitude, o ONS tem um procedimento padrão para aumentar a segurança do sistema”, afirmou Silveira. “Por isso, adotou os procedimentos para reduzir a energia intermitente [eólica e solar]. É um procedimento padrão, que não tem correlação direta com a causa [do blecaute]”, completou.