ONU alerta para violações contra prisioneiros de guerra da Ucrânia e Rússia
Desde o início da guerra, a agência tem registro de, pelos menos, 416 vítimas de abusos contra prisioneiros
Foto: Unocha/Kateryna Klochko
A chefe da missão de monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia, Matilda Bogner, alertou para violações contra prisioneiros de guerra da Rússia e Ucrânia.
Desde a eclosão do conflito entre Rússia e Ucrânia, o escritório de Direitos Humanos tem registro de pelo menos 416 vítimas de detenções arbitrárias e desaparecimentos forçados nos locais ocupados ou controladas pelas forças russas.
Segundo Matilda Bogner, dentre os capturados, 16 foram encontrados mortos e 166 liberados. Também foram documentadas 51 prisões arbitrárias e mais 30 casos que podem equivaler a desaparecimentos forçados cometidos por órgãos policiais ucranianos
Matilda ainda ressalta que a situação torna-se mais preocupante quando se tratam dos que foram detidos pelas forças russas, com relatados de tortura e maus-tratos, além de previsão de água e alimentação.
Ela também destacou o estado de prisioneiras de guerra grávidas internadas em locais controlados pelas forças armadas russas e grupos armados afiliados. A chefe da missão de monitoramento de Direitos Humanos na Ucrânia pediu a Rússia a libertação imediata dessas mulheres por motivos humanitários.
A Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia afirma que continuará a documentar e relatar os fatos no terreno e as vozes das vítimas como uma parte essencial da tentativa de evitar novas violações e responsabilizar os responsáveis pelas violações já cometidas.