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ONU aponta que pobreza alimentar infantil grave afeta mais de um quarto das crianças no mundo

No Brasil, percentual é de 8%

Por Da Redação, Agências
Ás

ONU aponta que pobreza alimentar infantil grave afeta mais de um quarto das crianças no mundo

Foto: UNICEF/Jannatul Mawa

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, revelou que pelo menos 181 milhões de crianças menores de cinco anos vivem em situação de pobreza alimentar severa. O total equivale a 27% dos menores de idade em nível global.

O estudo Pobreza Alimentar Infantil: Privação Nutricional na Primeira Infância inclui países de língua portuguesa. O percentual de crianças em situação de pobreza alimentar infantil grave no Brasil é de 8%, seguido da Guiné-Bissau com 53%, São Tomé e Príncipe com 22% e Timor-Leste com 30%.

Conflitos, mudanças climáticas e alta dos preços

A África é uma das regiões do mundo com mais afetados pelo problema devido a conflitos, mudanças climáticas e alta dos preços da comida. No continente com mais de 1,3 bilhões habitantes estão 13 dos 20 países mais afetados pela situação.

O total de crianças vivendo em situação de pobreza alimentar infantil e pobreza alimentar infantil grave é mais alto no sul da Ásia, reunindo 64 milhões. 

A seguir estão África Ocidental e Central com 31 milhões, África Oriental e Austral com 28 milhões, Ásia Oriental e Pacífico com 17 milhões, Oriente Médio e norte da África com 10 milhões. A América Latina e Caribe concentram 5 milhões.

Pelo levantamento realizado em 100 países de baixa e média rendas, a pobreza alimentar infantil é medida com uma pontuação de diversidade alimentar do Unicef e da Organização Mundial da Saúde, OMS.

Avanços na África Ocidental e Central

O estudo também ressalta algum progresso marcado pela queda da porcentagem de crianças vivendo em pobreza alimentar severa nas regiões da África Ocidental e Central, ao passar de 42% para 32% na última década.

As razões que ditaram esses avanços incluem culturas diversificadas e incentivos para profissionais de saúde pelo seu desempenho.

O Unicef enfatiza que na falta de nutrientes essenciais, as crianças vivendo com dietas “extremamente pobres” são mais propensas a sofrer de desnutrição aguda, um estado que coloca a vida em risco.

A recomendação é que, todos os dias, crianças pequenas consumam alimentos de cinco dos oito grupos principais. As categorias são as do leite materno, a dos grãos, raízes, tubérculos e bananas; a de leguminosas, nozes e sementes; a dos lacticínios; a da carne, aves e peixes; a dos ovos; a das frutas e vegetais ricos em vitamina A e ainda a de outras frutas e vegetais.

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