ONU Brasil e Embaixada Britânica iniciam contagem regressiva para Conferência do Clima

A ONU Brasil e a Embaixada Britânica iniciaram nesta segunda-feira (4) uma contagem regressiva para a Conferência sobre as Alterações Climáticas (COP26). A iniciativa visa alertar sobre a importância da  confederação para os efeitos das mudanças climáticas no mundo. A COP26, que será realizada em Glasgow, na Escócia, de 31 de outubro a 12 de novembro, é uma oportunidade para avaliar os compromissos firmados no Acordo de Paris e ampliar a ambição para tirá-lo do papel.

Em Glasgow, o mundo estará atento às decisões que irão estabelecer os próximos passos em direção à construção de economias mais verdes e resilientes, garantindo um futuro justo e saudável para todos. Estabelecido em 2015, durante a COP21, o Acordo de Paris determina que os países devem estabelecer compromissos para limitar o aumento da temperatura do planeta a 2ºC, com esforços para que não ultrapasse a marca de 1,5ºC. 

“O tempo está se esgotando, e precisamos de ainda mais ambição para reduzir rapidamente as emissões, ampliar o financiamento para a ação climática e adotar as estratégias necessárias de adaptação e mitigação”, afirma a coordenadora residente da ONU no Brasil, Sílvia Rucks. “Isso significa que são necessárias ações coletivas e solidariedade, porque a contribuição tanto dos países desenvolvidos quanto dos países emergentes é imprescindível para manter o aumento da temperatura do planeta em 1,5ºC”, completa.

Nos últimos 30 anos, a economia do Reino Unido cresceu 78%, ao passo em que suas emissões foram cortadas em 44%. “É possível aliar crescimento econômico a uma agenda ambiental. O padrão de crescimento do século 21 é um padrão de crescimento limpo. É por isso que temos no Reino Unido a meta mais ambiciosa de redução de emissões entre as grandes economias do mundo”, disse Peter Wilson, embaixador britânico no Brasil. 

Segundo ele, a  meta do governo britânico é reduzir suas emissões de carbono em 78% até 2035, eliminar gradualmente a energia a carvão até 2024 e encerrar a venda de veículos movidos a gasolina e diesel até 2030.