Opas registra aumento de casos da febre de oropouche nas Américas

Nesta semana, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu atualização epidemiológica destacando a importância de fortalecer as medidas de proteção contra a doença do vírus oropouche. Desde o início do ano até o começo de outubro foram confirmados 10.275 casos de oropouche em nove países da região.

Segundo a Opas, o Brasil possui a carga mais elevada, com aproximadamente 8 mil casos e duas mortes. Bolívia, Cuba, Colômbia, Equador, Guiana e Peru também já apresentam casos registrados. Além disso, a doença já foi exportada para o Canadá, Estados Unidos e Europa. 

A febre do oropouche é uma doença viral transmitida principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraenses. As suas características incluem febre alta, dor de cabeça intensa, fotofobia, dores musculares e articulares. Na maioria dos infectados o quadro desaparece em até três semanas. Contudo, em alguns casos, pode causar complicações graves, como meningite ou encefalite. 

Atualmente, não há vacinas específicas ou tratamentos antivirais disponíveis. O manejo se concentra no alívio sintomático. É recomendada práticas de proteção pessoal para evitar picadas, especialmente para mulheres grávidas e populações vulneráveis. A opas ainda destaca a importância de fortalecer as medidas de diagnóstico, manejo clínico, prevenção e controle de vetores na região das Américas.