Operação Faroeste: ‘Não existe conflito de interesse no caso de Luciana Maturino’, diz Og Fernandes
Delegada chefiou as investigações da ação e foi escolhida como assessora pelo ministro
Foto: Divulgação/STJ
O relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, garantiu nesta quinta-feira (22), em entrevista à revista Veja, que não há qualquer relação de interesse com a delegada federal Luciana Matutino, que chefiou as investigações da operação e foi escolhida por ele como assessora.
A nomeação de Matutino causou surpresa entre seus colegas de Corte, especialmente porque ela é acusada de falsificar um documento e inseri-lo como prova na ação em questão. De acordo com a revista, recentemente, o ministro protocolou uma decisão que poderia livrá-la dessa denúncia.
“A autoridade policial [Luciana] trabalha comigo em outros processos, não trabalha com isso. Eu a convidei pela competência. E ela não é a única delegada que trabalha no STJ. Tem várias. A responsabilidade de todos os processos é minha. Então, não há motivo para isso”, afirmou o ministro.
“Nenhuma das atribuições da servidora Luciana Matutino está relacionada a operações nas quais atuou como delegada. Ela foi convidada para trabalhar no STJ quase um ano depois de ter deixado a condução das diligências realizadas na Operação Faroeste”, completou.
Com julgamento pautado para 2 de agosto, a ação da Operação Faroeste, que desvendou um dos maiores esquemas de corrupção no Judiciário da Bahia, enfrenta um momento polêmico no STJ. Ao todo, o julgamento da ação penal envolve 16 réus, entre juízes, desembargadores, serventuários e advogados.